MINORIAS SEM ESPAÇO
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24/03/2009
A cultura negra é tema polêmico hoje na Câmara de Goiânia. Quando vereador, Serjão do PT apresentou projeto que instituía feriado na Capital no dia em que se comemora a Consciência Negra (20 de novembro). O projeto foi vetado pelo prefeito Iris Rezende, fato que deixou descontente parcela significativa dos vereadores. Como Serjão não foi eleito, o vereador Gari Negro Jobs (à esquerda) convocou as comunidades e entidades negras para encontrarem uma solução jurídica. O impasse está armado: Jobs pretende analisar o tema à luz da constitucionalidade do projeto e deseja contemplar os negros com uma data especial.
– O feriado é para todo mundo: negros e brancos terão um dia de reflexão – diz.
Jobs quer que o Dia da Consciência Negra tenha maior atenção do poder público, inclusive com ações afirmativas e propositivas.
– Se o projeto for vetado, vamos buscar apoio popular, que tem o poder da opinião pública, maior que qualquer veto – afirma.
Na última sessão em que o tema foi colocado em debate, o vereador Clécio Alves (à direita) discordou da proposição, afirmando que tal data seria preconceituosa. Jobs diz que preconceito é ignorar séculos de racismo que marcaram sua raça.
O ativista Léo Mendes critica a postura do prefeito Iris Rezende e faz o questionamento:
– O José Eduardo, do PT, não está na administração representando o coletivo de negros e negras do PT? Não existe mais uma assessoria de assuntos raciais? Não seria importante o PT se manifestar contra esta afronta de Iris, tendo em vista que é uma atitude até racista vetar um projeto desta natureza, vez que diversas outras capitais já possuem esta lei?
27 de março de 2009
15:24
Grazy Tiburcio
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por Adriana Corrêa
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